Adoro Ilusões. E, como diz o meu pai, 'quem se ilude, desilude-se'. Mais um facto que exemplifica a dicotomia da realidade ilusória em que dizem que vivemos, e na qual acredito, como fascinado por ela que sou.
O meu cérebro diverte-se imenso com o exercício da ilusão, como uma criança. E, contudo, o 'adulto' racional corta-lhe as vazas. Resultado: caos. E não em refiro ao criativo, ou pré-criativo, mas à desordem, ponto.
As minhas faculdades percetivas ficam toldadas e 'ai Jesus que lá vou eu' para o reino do pânico, com sintomatologia física, bem material.
No meio de todas estas repetições há uma revolução: estou a conseguir sair do pânico, permanecendo nele muito menos tempo que outrora.
O último exemplo foi sábado passado: ensaio corrido calamitoso. Tudo a correr mal: tempo demasiado lento, mudanças de cena disrutoras da sequência, questões técnicas empecilhantes, the whole shabang!
A noite de sábado foi de atirar da ponte. Felizmente o ZM veio em meu auxílio. Permaneci calado a maior parte do tempo com a cabeça panicada que nem elefante a ver um rato! Ele lá fez o esforço da compreensão da minha situação, apesar de não considerar que a coisa se justificava!
Dormi. Dia seguinte, 6am, ploft! fora da cama. Re-encenei a peça que enésima vez na minha cabeça, já cansado de o fazer. Por muito que antecipe o trabalho, ele será sempre o que o momento quiser. Esta questão entre planificação e o momento, como sempre, a ditar o padrão dicotómico existencial. Já ciente disto, não me forcei a planear muito: fiz um desenho rápido e fui curtir o sol e o dia! E, para meu próprio espanto, consegui, genuinamente, aproveitar o sol e o mar. Tive inclusivé um momento bem especial na praia do Senhor do Rocha, onde permiti que as emoções saíssem, chorei em agradecimento do muito que tenho, do privilegiado que sou. O índio que tocava flautas com acompanhamento gravado ajudou muitíssimo. O ambiente sonoro da praia acariciou a minha alma, e a minha mente, permitindo que esta relaxasse, se abrisse, e saísse a emoção contida, com a sensação de limpeza que se lhe seguiu. Depois deste momento, um longo passeio pela praia, com o vento a massajar a cabeça e o sol, o corpo. Bliss!
A meio da tarde voltei a sentir o pânico: como se 'alguém' o estivesse a mencionar, numa conversa com outrém. Uma conversa sobre os erros do meu trabalho e o perigo de não os saber corrigir. A emoção foi, de novo, enorme. Mas também passou, dando lugar a tranquilidade.
Ora, há uns anos atrás, cinco para ser mais preciso, nunca conseguia sair do estado de pânico. Aí permanecia de dia para dia, em comportamentos destrutivos, de tão compulsivos. Não é que agora não os tenha, que eles ainda dão sinal da sua presença, só que em muito menor grau de manifestação.
Ontem, o meu amigo M, foi ao ensaio, e contribuiu com uma ideia genial. Apliquei-a de imediato. Resultou de imediato.
O meu ego barafustou, mas a minha mente agradeceu, e o meu coração acima de tudo! Como estou muito toldado da perceção, e lento em perspetivar com inteligência emocional, aceitei aquela dádiva, tão preciosa de generosa. Aceitei. E soube-me tão bem, o aceitar, o render-me ao facto de que precisava de ajuda: ela apareceu e aceitei. Mais tarde pensei: já tantas vezes fiz isto por outros, foi agora a vez de o fazerem por mim. Fiquei muito grato, mas mais importante, feliz.
Sorrio, agora, que escrevo isto. O meu coração fala verdade!
A Sombra clareou. Vou gozar o momento!
O meu cérebro diverte-se imenso com o exercício da ilusão, como uma criança. E, contudo, o 'adulto' racional corta-lhe as vazas. Resultado: caos. E não em refiro ao criativo, ou pré-criativo, mas à desordem, ponto.
As minhas faculdades percetivas ficam toldadas e 'ai Jesus que lá vou eu' para o reino do pânico, com sintomatologia física, bem material.
No meio de todas estas repetições há uma revolução: estou a conseguir sair do pânico, permanecendo nele muito menos tempo que outrora.
O último exemplo foi sábado passado: ensaio corrido calamitoso. Tudo a correr mal: tempo demasiado lento, mudanças de cena disrutoras da sequência, questões técnicas empecilhantes, the whole shabang!
A noite de sábado foi de atirar da ponte. Felizmente o ZM veio em meu auxílio. Permaneci calado a maior parte do tempo com a cabeça panicada que nem elefante a ver um rato! Ele lá fez o esforço da compreensão da minha situação, apesar de não considerar que a coisa se justificava!
Dormi. Dia seguinte, 6am, ploft! fora da cama. Re-encenei a peça que enésima vez na minha cabeça, já cansado de o fazer. Por muito que antecipe o trabalho, ele será sempre o que o momento quiser. Esta questão entre planificação e o momento, como sempre, a ditar o padrão dicotómico existencial. Já ciente disto, não me forcei a planear muito: fiz um desenho rápido e fui curtir o sol e o dia! E, para meu próprio espanto, consegui, genuinamente, aproveitar o sol e o mar. Tive inclusivé um momento bem especial na praia do Senhor do Rocha, onde permiti que as emoções saíssem, chorei em agradecimento do muito que tenho, do privilegiado que sou. O índio que tocava flautas com acompanhamento gravado ajudou muitíssimo. O ambiente sonoro da praia acariciou a minha alma, e a minha mente, permitindo que esta relaxasse, se abrisse, e saísse a emoção contida, com a sensação de limpeza que se lhe seguiu. Depois deste momento, um longo passeio pela praia, com o vento a massajar a cabeça e o sol, o corpo. Bliss!
A meio da tarde voltei a sentir o pânico: como se 'alguém' o estivesse a mencionar, numa conversa com outrém. Uma conversa sobre os erros do meu trabalho e o perigo de não os saber corrigir. A emoção foi, de novo, enorme. Mas também passou, dando lugar a tranquilidade.
Ora, há uns anos atrás, cinco para ser mais preciso, nunca conseguia sair do estado de pânico. Aí permanecia de dia para dia, em comportamentos destrutivos, de tão compulsivos. Não é que agora não os tenha, que eles ainda dão sinal da sua presença, só que em muito menor grau de manifestação.
Ontem, o meu amigo M, foi ao ensaio, e contribuiu com uma ideia genial. Apliquei-a de imediato. Resultou de imediato.
O meu ego barafustou, mas a minha mente agradeceu, e o meu coração acima de tudo! Como estou muito toldado da perceção, e lento em perspetivar com inteligência emocional, aceitei aquela dádiva, tão preciosa de generosa. Aceitei. E soube-me tão bem, o aceitar, o render-me ao facto de que precisava de ajuda: ela apareceu e aceitei. Mais tarde pensei: já tantas vezes fiz isto por outros, foi agora a vez de o fazerem por mim. Fiquei muito grato, mas mais importante, feliz.
Sorrio, agora, que escrevo isto. O meu coração fala verdade!
A Sombra clareou. Vou gozar o momento!
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